quinta-feira, 30 de setembro de 2010

10 e meio

Fui ao banco então. Lá consegui levantar algum dinheiro através da transferência que a minha mãe me fez pelos correios. Mas não posso estar nisto até sempre! Afinal não é só em Portugal que podemos encontrar 'trombas amarradas' do outro lado dos balcões, falei com todo os respeito e como melhor sabia: inglês, meio italiano, explicando a situação, e a cara de enjoada daquela mulher horrível estava-me a dar voltas ao estômago (como estou agora, porque esta má disposição de dias não tem meio de passar :s), a primeira vez que fui àquele banco fui bem recebido apesar de não me terem podido ajudar, tinha logo que dar de caras com uma 'intragável', chamou por fim um chefe, dizendo-lhe à descarada e entre os dentes quase como que a rosnar, que eu (o pobre rapaz) não sabia falar italiano, mas saio-me de rompante: 'MA HO CAPISCO UN POCO!' (tive de ser um pouco ríspido irritou-me mesmo, mesmo, mesmo); o homem por seu lado foi muito mais simpático e mostrou-se pronto a ajudar-me, aperto de mão e tudo mais, disse-lhe que queria abrir uma conta, mas só lá posso ir para a semana, ficou à minha espera, mesmo assim ainda vou ponderar essa decisão de ir lá.
Malditos cartões que não funcionam nas caixas multibanco,

5, 6, 7, 8, 9, 10

Pelo menos descobri que não levo o jeito para dar continuidade a uma espécie de diário, este que iniciei para relatar pouco a pouco coisas do meu dia-a-dia, durante a minha passagem por esta experiência que  o Erasmus me deu. O certo é que dos últimos dias para cá, não tem acontecido nada de extraordinário em relação a outros, apesar de que tem se tornado mais fácil a convivência, e os passeios pelo centro são uma constante de cada dia. Não sei, mas mais uns dias conheço todas as ruas principalmente em volta da Duomo. Infelizmente, a pensar que estava em Portugal ponho-me a tirar fotos ás lojas (não convém à descarada) mas era só à tipografia! Mas não parei de tirar fotos, tantas, tantas, tantas, mas dessas tantas algumas não ficaram tão bem, porra!
Bem sabia que não era fácil partilhar casa (isto são pisos) com muita gente, de outras culturas, costumes, interesses, e tudo o mais. Ontem a Valeria veio falar comigo e com o Miguel para mudarmos para o piso de cima, para um quarto triplo, onde está mais um sozinho, pois. Não que esteja a ser complicado, pelo contrário, mas o certo é que poderia ser melhor, e mais fácil, se não fosse este cansaço e este problema que me deixa preocupado e sem saber como fazer. Agora não consigo levantar dinheiro aqui nas caixas de multibanco, acho que já experimentei numas dez, até no centro. Sem dinheiro isto fica mau. É uma situação complicada. Depois quem paga sou eu, porque não sou capaz de resolver nada, quando no banco me dizem que não me podem ajudar, a não ser onde eu tenho a conta, ou seja em Portugal, se lá também me dizem que está tudo ‘O.K.’ e que não há nada a fazer a não ser esperar e tentar, então eu fico ainda mais preocupado e sem saber mesmo o que fazer, o provável é ter de abrir cá uma conta, mas isso ainda pode ser complicado para mim, e estou a pensar no que fazer. Entretanto, ando a pensar e a torcer para que (seja por milagre ou pelo que for) a máquina me dê dinheiro!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

4

Hoje fui ao centro com o pessoal. Aquilo não é uma cidade, é um mundo. Adorei aquilo. É qualquer coisa de espectacular. A duomo e as galerias...Assim que cheguei acabei com a bateria da máquina fotográfica e só tirei algumas, depois foi substituída pelo telemóvel e depois pela máquina da Telma, que tirou fotos e mais fotos. Os gelados são do melhor e pronto. Vi um desfile de moda, e tive umas aventuras pelas galerias. Agora vai pensar-se no que fazer na semana que vem, porque as aulas ainda não vão começar, aproveitar para conhecer. 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

3
















Mais um dia pela faculdade, em volta das inscrições e das disciplinas que já me deram cansaço suficiente. 
Gosto deste sítio, acho piada aos autocarros ainda andarem pelas linhas, e tudo mais principalmente as calças arregaçadas no tornozelo...vou adoptar a moda. Lá me vou safando com o italiano e 'ho capisco un poco, 



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

2

  
Depois do politécnico fui (fomos) dar uma volta pelas ruas, dia de mercado, muito bom. Roupa, charcutarias, frutas e legumes, produtos de limpeza, acessórios de cozinha, não falta nada.

Como era dia das boas-vindas hoje andamos pela faculdade, também muito bom. E afinal há muitos portugueses aqui, na experiencia E
  

terça-feira, 21 de setembro de 2010

1 e meio




Não tive a oportunidade de tirar fotos ainda, mas já estou feliz com tudo o que vi, quando chegar ao centro vou ficar absolutamente atordoado com o olhar. Mas, vivi já uma situação caricata e que me deixou de 'pé a correr'. Fui fazer as compras pela primeira vez ao Penny Market (afinal é tudo barato), tinha sido tudo perfeito se não tivesse uma espera à porta, queriam-me oferecer ajuda, mas eu podia com quatro sacos, qual era o stress, o mau aspecto deixou-me logo a tremer com os sacos na mão...mas as compras chegaram bem e eu. 'non capisco'.      

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Cheguei.
Milão é a minha nova cidade, com um novo lar, uma nova escola, uma nova vida. 
Hoje é dia em que se inicia uma nova etapa, uma experiência que espero valer a pena, e que seja tão agradável quanto estou à espera. Esperando ultrapassar os momentos menos bons que vão acontecer. Parti hoje do Porto com a cabeça a latejar pelas poucas horas mal dormidas e uma saudade que já se sentia, e aquela sande de lombo assado com queijo e azeitonas às rodelas deu-me vida naquele avião. Estava com medo e ainda estou, estava feliz e ainda estou. Quero aproveitar cada momento e sentir que isto valeu a pena, um esforço que me trouxe até aqui, tal como outros que me levaram até donde venho. Não sei agora como as coisas vão ser, mas vão decerto acontecer pela ordem natural delas, estou agora sem saber o que fazer e já cheguei à cerca de três horas. Agora sou um villettano e fui extremamente bem recebido apesar de uma barreira chamada 'língua' mas que se ultrapassa bem, e com o tempo vai deixar de ser problema. 
Agora tenho vontade de conhecer tudo, olhar para tudo, fotografar tudo, mas preciso urgentemente de ferrar os olhos.
Quem fica para trás, deixa as saudades que vou matar quando um dia voltar para juntos deles, que vai passar tão rápido.