19, 20, 21, 22, 23, 24

Mais uns dias ausente, sem escrever aqui (mas também ninguém lê isto) é uma questão de depois fazer um balanço. Estou com expectativas em relação a isto! O fim-de-semana foi bom, passeamos pelo centro e fomos à fnac adorei porque os preços são como se estivéssemos em Portugal, wow. Entretanto começaram as aulas do curso de italiano, não sei como fui parar ao 2º nível depois de fazer um teste diagnóstico quando afinal depois acabei por mudar por vontade própria para o 1º nível de principiante, para aprender as bases, e agora é como se andasse na primária. As aulas são o máximo, os professores muito simpáticos, e eu com vontade de sair de cá a falar italiano. Quero aprender rápido.
Ando num dilema, não sei se fazer dois laboratórios de projecto, um do terceiro ano e outro do primeiro ano de mestrado (que só de saber o professor que dá o laboratório já dá vontade de seguir em frente) e Biodesign. Não há problema em fazer as três, mas há que analisar bem a carga horária e trabalho que pode exigir de mim e eu possa não corresponder. Amanhã já devo resolver. O pior é que vai ser uma correria para tratar de papéis aqui e na universidade de origem, rrrrrrr. Entretanto vegeta-se ainda um pouco, mesmo com as aulas a começar, é preciso mais ritmo.
A presto!

16, 17, 18

Pois não sei se há muito a contar. Poucas novidades. Ainda não recuperei deste mau estar de estômago que dura há uma semana e uns dias, já para duas semanas. Não é muito bom. Principalmente quando já se recusou a pelo menos três ou quatro festas e se está enfiado em casa 'preso' frente a um computador e a sua vida resume-se ao youtube e ao facebook, frustrante.
Esta semana como começaram as aulas andei perdido pelo departamento de uma lado para o outro a saltar salas para ver as disciplinas que escolher para fazer. Gostei de Biodesign e Lab. de hoje, é esse que vou fazer. A professora parece-me dinâmica e bastante prática, exigente. E o projecto 'livre, mas não livre', gosto do tema abordado e só não gosto de ter de fazer apresentações em italiano frente a uma plateia, mas isso iria acontecer em qualquer laboratório. Vai correr bem.
Mais um fim de semana aqui, sem nada para fazer. Passear.

13, 14, 15

Pois, que coisas especiais deveriam acontecer durante estes três dias que passaram mais? Niente. Seca absoluta.
Ou melhor, fui com o Miguel ver se o Carrefour estava aberto: de comboio até Cadorna, tudo na boa, mais 8 paragens em estações de metro - rápido,- Carrefour de portas fechadas. Voltamos para trás. E andamos até ao fim da tarde de domingo mais uma vez pelas lojas e ruas do centro de Milão em torno da Duomo. Ontem não tive aulas seca total, dia dedicado a tentar ver as disciplinas e organizar as minhas cenas.
Hoje, dia de aula. Gostei sim. Os professores são simpáticos e parecem acessíveis no sentido 'comunicacional', mas uma única professora fala inglês se bem que não me pode ajudar muito nisso. Deixa lá. Prefiro parlar l'italiano e meio português, eles percebem. Gostei do projecto (daquilo que entendi) mas não me satisfaço sem antes ver o que se fará no outro Laboratório de sexta-feira. Só sei que andei de uma lado para outro, de sala para sala, de Laboratório para laboratório, quando o que mais me interessou foi logo o primeiro em que entrei. Não parece que venha aí coisa fácil ou acessível mas algo que vai dar-me que fazer em todos os sentidos. Não me preocupo agora. Vamos lá escolher primeiro um projecto para executar.
Amanhã também é dia de aulas, Biodesign logo de manhãzinha, mas eu quero ir ao mercado, vou ter que acordar cedo?

12

Mais um fim-de-semana longe de casa. Mais saudades que se vão acumulando. Mais dois dias a passear pelo centro, porque aqui só se vegeta. Não se faz nada, anda-se para cima e para baixo de comboio e metro, mas não é mau! Aquelas lojas no centro deixam-me com vontade de comprar quase tudo. E as tendas com guloseimas expostas, deixam-me com vontade de devorar alguma coisa, mas infelizmente com esta má disposição, é impossível. Parece que não há forma de passear, espero mesmo que passe. Que coisa, se isto é dos novos ares, da alimentação (que não é assim tão má), da preocupação e ansiedade, não sei, mas dizem-me. Não sei se deva acreditar.
Amanhã é domingo, e está previsto passear.
Mas é provável ainda ter de mudar o quarto. Bah!

11

Hoje foi o dia do exame de italiano, bem me tinha dito a Telma ontem à noite no msn que 'temos exame de italiano' mas não pensei que fosse para nós do Erasmus. O exame basicamente só serviu para mostrar que 'non capisco niente de l'italiano. Só no dia 11 é que saberei em que turma vou ficar para então prosseguir no curso, se bem que já se espera que seja no nível básico. Ao entregar o exame, um brasileiro perguntou-me se era portuga, depois descobriu-se um outro português, das engenharias, falamos um pouco, estudam engenharia no campus, mas tantos portugueses por lá. O campus Leonardo ainda fica um bocado longe de casa, não consigo entender por que raio têm um curso de italiano a funcionar tão longe da faculdade. Seria mais fácil e menos complexo, ter os cursos espalhados por faculdades. Ok, quatro ou cinco auditórios cheios com mais de 100 estudantes, para o exame, não me parece agradável, mas lá fui e fiz.
Ainda estou mal, não sei o que se passa. O meu estômago está a pregar-me uma partida... Fui à farmácia e não foi muito difícil explicar o que tinha e os sintomas, mas receitou-me logo três coisas diferente por quase 30 euros, não tinha dinheiro suficiente, acabei por trazer um que me disse que era o bastante, e mesmo assim 10.50 euros. Não queria preocupar os meus pais, e tia, mas estou sem saber o que fazer. A sensação é péssima, e não quero ficar super doente. Não. Disseram-me que é as mudanças de ar e a alimentação, mas não sei.
Parece-me que aqui dá-me a sensação que somos vistos como qualquer coisa estranha. Há barulho, muito barulho, e não fazemos parte dele. Amanhã vou mudar de piso, quarto, sempre quero ver como vai correr. Mas eu quero que esta má disposição passe rápido! :s

10 e meio

Fui ao banco então. Lá consegui levantar algum dinheiro através da transferência que a minha mãe me fez pelos correios. Mas não posso estar nisto até sempre! Afinal não é só em Portugal que podemos encontrar 'trombas amarradas' do outro lado dos balcões, falei com todo os respeito e como melhor sabia: inglês, meio italiano, explicando a situação, e a cara de enjoada daquela mulher horrível estava-me a dar voltas ao estômago (como estou agora, porque esta má disposição de dias não tem meio de passar :s), a primeira vez que fui àquele banco fui bem recebido apesar de não me terem podido ajudar, tinha logo que dar de caras com uma 'intragável', chamou por fim um chefe, dizendo-lhe à descarada e entre os dentes quase como que a rosnar, que eu (o pobre rapaz) não sabia falar italiano, mas saio-me de rompante: 'MA HO CAPISCO UN POCO!' (tive de ser um pouco ríspido irritou-me mesmo, mesmo, mesmo); o homem por seu lado foi muito mais simpático e mostrou-se pronto a ajudar-me, aperto de mão e tudo mais, disse-lhe que queria abrir uma conta, mas só lá posso ir para a semana, ficou à minha espera, mesmo assim ainda vou ponderar essa decisão de ir lá.
Malditos cartões que não funcionam nas caixas multibanco,

5, 6, 7, 8, 9, 10

Pelo menos descobri que não levo o jeito para dar continuidade a uma espécie de diário, este que iniciei para relatar pouco a pouco coisas do meu dia-a-dia, durante a minha passagem por esta experiência que  o Erasmus me deu. O certo é que dos últimos dias para cá, não tem acontecido nada de extraordinário em relação a outros, apesar de que tem se tornado mais fácil a convivência, e os passeios pelo centro são uma constante de cada dia. Não sei, mas mais uns dias conheço todas as ruas principalmente em volta da Duomo. Infelizmente, a pensar que estava em Portugal ponho-me a tirar fotos ás lojas (não convém à descarada) mas era só à tipografia! Mas não parei de tirar fotos, tantas, tantas, tantas, mas dessas tantas algumas não ficaram tão bem, porra!
Bem sabia que não era fácil partilhar casa (isto são pisos) com muita gente, de outras culturas, costumes, interesses, e tudo o mais. Ontem a Valeria veio falar comigo e com o Miguel para mudarmos para o piso de cima, para um quarto triplo, onde está mais um sozinho, pois. Não que esteja a ser complicado, pelo contrário, mas o certo é que poderia ser melhor, e mais fácil, se não fosse este cansaço e este problema que me deixa preocupado e sem saber como fazer. Agora não consigo levantar dinheiro aqui nas caixas de multibanco, acho que já experimentei numas dez, até no centro. Sem dinheiro isto fica mau. É uma situação complicada. Depois quem paga sou eu, porque não sou capaz de resolver nada, quando no banco me dizem que não me podem ajudar, a não ser onde eu tenho a conta, ou seja em Portugal, se lá também me dizem que está tudo ‘O.K.’ e que não há nada a fazer a não ser esperar e tentar, então eu fico ainda mais preocupado e sem saber mesmo o que fazer, o provável é ter de abrir cá uma conta, mas isso ainda pode ser complicado para mim, e estou a pensar no que fazer. Entretanto, ando a pensar e a torcer para que (seja por milagre ou pelo que for) a máquina me dê dinheiro!